terça-feira, 29 de junho de 2010

O Polvo e a Retroescavadeira



Havia um polvo de nome Patrapúlbedras (que os persas chamavam Patr'al Polb- Edrash e os irlandeses, Pat) que costumava passar as férias de seu emprego, como caixa-eletrônico em Boston, nos mares de cetim da Normandia.
Certa feita, enquanto comia farinha e pão grelhado na companhia de senhoras fundistas chupadoras de caralhos energúmenos, foi abordado por uma retroescavadeira de nome Eugênia, a qual vendia pés de moleque, rins de ninfeta e salamaleques nas praias daquela região:

-Vai doce aí, ô bacana?

Ferido atrozmente no âmago de sua célere inteligência, Cedric Sinclair, III (nome dado a Patrapúlbedras por seus companheiros da kappa-beta-lambda-australásia, em Leicestershire) sacou de um tomate envenenado e nauseabundo e atirou-o à sua interlocutora, gritando:

Engula plasma, renegada!

Eugênia que, na hora da agressão, ria-se como uma depauperada, levou a tomatada bem no centro de sua glote, o que fez com que engasgasse e morresse imediatamente, sem chance de reprimendas.
Vitorioso, o polvo voltou à cidade e comprou uma camisa do Palatinaikos. Ainda hoje é possível vê-lo por aquelas paragens, tocando gaita de foles e felando advogados suspeitos de desvio de verba e sonegação de impostos.

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