terça-feira, 29 de junho de 2010

O Lápis Genuflexo



Era um bom dia pra morrer, quando Platelminto Solitaire viu as uvas pela primeira vez.
Analisando fria e decididamente a situação, pensou em dar cabo da própria vida de Penélope Piamontese, sua esposa (Pené Descartes, como era conhecida nos cabarés de Baden Baden a Powell Powell, era dada a folguedos envolvendo chumbo e impressoras matriciais de setores burocráticos seldjúcidas, isso quando não bancava a Lady Go Go Diva dos pinheirais de Riga. Tony, seu amante das quartas-feiras, jogava squash com bolas sebentas feitas de restos de cirurgia de tireóide, que ele conseguia sempre depois de ser felado copiosamente por Sookie Susan, enfermeira do Hospital Geral de Cconnecctticcuttie cutie), ao descobrir que ela havia servido feijão romeno no almoço oferecido por ele às Senhoras Claudicantes Vítimas de Estupradores Legionários Macedônios.
Em vez disso, pagou um tílburi, que o levasse até o Passeio Público. Ali, encontrou Tony, o safardana que deixava as coxas de sua Pené embebidas em água de Colônia:

Eis o fanfarrão acintoso! Peidaste muito, da última vez que se grafitaram, vilão?

Sem saber o que fazer, pego de surpresa com as calças round his ankles, Tony jogou um punhado de terra nos olhos de Platelminto, que, se esquivando, bateu com a cabeça num trôpego gerifalte a que faltava uma das asas e que procurava alimento fresco naquelas redondezas bastas em cocós e piupius e disse, antes de morrer de leptospirose congênita:

Puta que não me pariu... que falta me faz aquela taça de gin oferecida por Ciclard Finnes, o Furibundo, quando estive em missão às Baleares, para emitir mensagens de paz e solidariedade aos povos e gentes que não têm o que comer.

Perto dali, uma rosa nasceu entre os dedos de uma estátua priápica, em cujos êneos glúteos, picharam em carmim:

Bundinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário