terça-feira, 29 de junho de 2010

Das manchas na lapela de um mouro




Limbofrécito era um humilde pensador de feridas purulentas. Criado nas ruas esgueirudas de Pilosa, pequena ilhota zinha inha inha das Honduras Britânicas, desde cedo aprendera a se virar com o que achava no lixo das casas grandes e dos restaurantes.
Certa feita, ao passar por um monturo lobato, Limbofrécito se deparou com um bicho. O bicho não era um cachorro, não era um gato, não era um rato, não era um dragão de Komodo... o bicho, meu Deus, era um cabide de cisterna, de nome Havvakusptas, a quem Limbofrécito interpelou:

Ó suribundo alamano! Saí! Saí de minha pândega, para benefício de tuas vilosidades intestinais e epigastro!

Sem dar ouvidos a tamanha injúria, o cabide deu-lhe de ombros e continuou almoçando totoso um pedaço de garoupa lésbica.

Limbofrécito morreu ali, de fome, de frio, de kwashior e tristeza, para grande júbilo de Havvakusptas, que entrou em seu cabriolé envenenado e disse a Vin Diesel:

Vamo-nos, careca! Roma não foi sodomizada em Cartago.

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