terça-feira, 29 de junho de 2010

A camponesa afoita






Hijurrólia era uma camponesa comestível, dessas que se encontram sentadas em privadas portáteis em pontos de ônibus, contando fadigas e percalços a maníacos-depressivos embucetados. Certa vez, andando pela floresta, Hijurrólia topou com o pé na raiz de um olmo e faia e salgueiro chorão que exclamou:

Ui, ai! Devassa empertigada e praseodímia! Nunca mais faça isso comigo!

Pedindo mil desculpas, Hijurrólia continuou seu caminho, assoando o nariz e mascando chiclé, sem se preocupar com roupas no varal ou radicais livres fazendo a festa em seu organismo.

Dois dias e uma noite cheia de vaga-lumes depois, caiu estafada próximo a um bosque de trypanossomas cruzi, que choraram sua morte, com ais e ranger de dentes, tomando seu corpo inerte nos flagelozinhos e cantando com voz rouca e empedernida:

Triste moça, pobre moça! Bucetinha, bucetão, bucetarra, bucetaz... choremos, choremos, irmãos!

Com a cantoria, a moça acordou e, mais célere que a faísca, sacou de uma Desert Eagle .50 e atirou em todas as direções. Acontece que lá estavam, atocaiados, três remanescentes da detènte que, com seus toscos e enferrujados rifles, puseram fim à vida da camponesa, num átimo, tendo ela tempo de dizer antes de morrer:

Algozes! Látegos! Chonfralhas! Não têm cu, não têm pedra-pomes!

E foi assim que mudaram o nome do Ceilão para Sri Lanka, em homenagem a Sir Lancaster, que cagou e andou.

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