segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ninfa e Discóbolo


Dubadubá Bougainvillea era uma ninfeta ardilosa, cheia de cucus e meias-soquete sujas de sêmen coalho, de gerações e gerações de soldados do Corpo de Bombeiros de Sofia. Certa feita, ao voltar de uma noitada em um puteiro alíquota disfarçado de brechó, passou por um mendigo tresandando a milho, que a interpelou:

Mas balança os bulangos, a pacoviazinha... bem merecia que eu lhe esporrasse nos miolos, enfiado em seu ouvido!

Apesar de estupefacta, a serelepe Duba Boca-de-Palimpsesto (era chamada assim, por um poeta de três mamilos, morador de uma república de estudantes) gostou da ideia e, rasgando a meia-calça com uma serra-mármore, sentou-se sobre o colo do mendigo, com olhar desafiador e oblíquo de cigana descabaçada:

Quero ver se tem agulhas nas bolas... põe pra fora esse cocó, para eu felar!

O problema é que o mendigo (chamado pelos assistentes sociais locais de Fontainebleau Gonococcus) não tinha pênis tal João de Santo Cristo, o que muito irritou Duba, que irrompeu em pragas:

Maldito, troca-buçanhas, jangadeiro de mil escopetas! Peida sem mágoa, num albor de nuvens!

E, dizendo isso, arremessou o maltrapilho eunuco de cima de uma ponte, espatifando-o sobre o leito de um rio morto, onde boiava, podre, um cachorrinho feito de batata e palitos.

2 comentários:

  1. ????????????????????????????????
    A granel

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  2. Diabo, quando voltará a postar novamente? Estamos sedentos já. Preciso alimentar meu coração impuro.

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