
Garbo Longfellow era um camarada acintoso, determinado e com leve inclinação para lúdico, quando em crise de artrite.
Certo dia, ao passar pela Fonte da Balbúrdia, no Maine, exclamou, a que todos ouvissem:
Meu reino por aglaés e peido com farinha!
Uma cigana bêbeda, de nome Guloseima Prestes, passava pelo local e viu naquilo uma oportunidade pra se dar bem, uma vez que só conhecera percalços, amputações e deficiência de adenosina, em sua pobre vida como mulata de cabaré, onde dançava o maastriche e a polca cantábile, com fusos incendiados pendentes de sua vulva, por argolas prateadas. Chegou-se, feito a tilápia gangrenada do Volga (matreira e ladina, e famosa por jantar às custas de velhinhos com incontinência urinária), e interpelou Garbo, de maneira sagaz:
Quer boquete ou punhetinha, bololzinho de guarnapas?
Amargurado pela dor de uma saudade, o homem pôs-se a esbravejar, enquanto se arranhava na altura do pescoço, produzindo um espetáculo dantesco e apolinário, que foi comentado por muito tempo nas rodas de bisca do bar de Kronos, um velho marinheiro a quem faltava uma das sobrancelhas, perdida no Mar Cáspio, perto da Seborréia, região famosa por parir sargentos e âncoras de televisão estatal:
Assim, não vingo! Assim, não presto! Tirem esses paramécios de cima de mim!
A cigana arregalou tanto os olhos, que explodiram, o que fez com que Garbo espumasse efusivamente pela boca, até se tornar uma poça de ascarel, onde um pince-nez reluzia sua derrota e seu aprimoramento em relações internas e catálise de gordura hidrogenada, própria para o consumo do gado Chianina e de alcoviteiras viciadas em placebo.
Guloseima terminou seus dias como piloto da RAF, abatendo Junkers enfurecidos pela peste, no Parque Nacional da Serra Viada.
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